A Igreja
Corpo Místico de Cristo
(At 9, 1-5)
1 E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote.
2 E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns deste Caminho, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.
3 E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco, subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.
4 E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?"
5 Saulo disse: "Quem és, Senhor?" E disse o Senhor: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues."
A Igreja é também, chamada de "Corpo Místico de Cristo". Corpo que tem em Jesus sua Cabeça Invisível e, no Papa, a cabeça visível. O Papa é a representação visível de Cristo (não há duas cabeças). O Papa é infalível por haver uma só cabeça – a de Cristo.
O divino Redentor governa o seu corpo Místico de modo visível e ordinário, por meio de seu Vigário na terra. Nosso Senhor, depois de ter, durante a sua carreira mortal, governado pessoalmente e de modo visível o seu ‘pequenino rebanho’ (Lc 12, 32), quando estava para deixar este mundo e voltar ao Pai, confiou ao Príncipe dos Apóstolos o governo visível de toda a sociedade que fundará.
Porém Pedro, não é senão Vigário de Cristo, e por isso a cabeça principal deste corpo é uma só: Cristo, o qual, sem deixar de governar a Igreja misteriosamente por si mesmo, rege-a, também, de modo visível, por meio daquele que faz as suas vezes na terra; e assim a Igreja, depois da gloriosa Ascensão de Cristo ao Céu, não está edificada só sobre Ele, senão também sobre Pedro, como fundamento visível" (Pro XII, 1947).
A doutrina do "Corpo Místico" é magistralmente exposta por S. Paulo em várias Epístolas (1Cor 12, 12); (Cl 1, 18); (Ef 5, 23); (Rm 12, 4-5); etc. E, em S. João, no capítulo 15, encontra-se as últimas exortações de Jesus. Ele diz, insiste, repete:
"Eu sou a videira e vós os ramos... Permanecei em mim e eu ficarei em vós".
Fazem parte do Corpo Místico de Cristo: a Igreja Triunfante (constituída pelas almas que já se encontram no Céu); a Padecente (almas do Purgatório) e a Militante (nós, na terra). Como galhos da mesma árvore, vivendo da mesma seiva, como membros de um mesmo Corpo (a Igreja), ligados a Jesus, sua Cabeça, vivemos do mesmo Sangue – isso é a Comunhão dos santos – a união de todos, no Corpo, no Sangue, no Espírito.
No Céu, nossos irmãos santos intercedem por nós (2Mc 5, 4). A eles devemos rezar, pedindo-lhes proteção. No purgatório, também, nossos irmãos rezam por nós. Já não podem merecer para si mesmos porque, para isso, seu tempo já passou. Mas, enquanto, na dor, se purificam, beneficiam a todos os outros membros – e, dos outros (de nós), esperam ajuda. "É um santo e salutar pensamento rezar pelos defuntos, para que sejam libertados de seus pecados" (2 Mc 12, 46).
Na terra, somo a Igreja militante, isto é, a que luta, ainda, a caminho de seu destino, de sua integração perfeita, sua união completa em Cristo. A Igreja, na terra, pode ser, também, chamada de Igreja Peregrina, pois não temos, aqui, morada definitiva (Hb 13, 14). Nossa casa é a Casa do Pai. Louco é quem vive preocupado com "tesouros que as traças destroem", em vez de se preocupar com o essencial: salvar a própria alma.
Nós, na terra, as almas do Purgatório e os santos no Céu formamos uma só família – a família de Deus. E todos os membros da Igreja – participam da comunhão dos santos, todos são ligados e podem ajudar-se. Poderosa é a oração do justo
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