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quinta-feira

AS APARIÇÕES DO RESSUSCITADO


AS APARIÇÕES DO RESSUSCITADO



AS APARIÇÕES DO RESSUSCITADO


(Cat, §641): Maria de Magdala e as santas mulheres, que vinham terminar de embalsamar o corpo de Jesus, sepultado às pressas, devido à chegada do Sábado, na tarde da Sexta-feira Santa, foram as primeiras a encontrar o Ressuscitado. Assim, as mulheres foram as primeiras mensageiras da Ressurreição de Cristo para os próprios apóstolos. Foi a ales que Jesus apareceu em seguida, primeiro a Pedro, depois aos Doze. Pedro, chamado a confirmar a fé de seus irmãos, vê, portanto, o Ressuscitado antes deles, e é baseada no testemunho dele que a comunidade exclama: "É verdade! O Senhor ressuscitou e apareceu a Simão." (Lucas 24, 34).

 (Cat, §642): Tudo o que aconteceu nesses dias pascais convoca todos os apóstolos, de modo particular Pedro, para a construção da era nova que começou na manhã de Páscoa. Como testemunhas do Ressuscitado, são eles as pedras de fundação de sua Igreja. A fé da primeira comunidade dos crentes tem por fundamento o testemunho de homens concretos, conhecidos dos cristãos e, na maioria dos casos, vivendo ainda entre eles. Estas "testemunhas da Ressurreição de Cristo" são, antes de tudo, Pedro e os Doze, mas não somente eles: Paulo fala claramente de mais de quinhentas pessoas eles: Paulo fala claramente de mais de quinhentas pessoas às quais Jesus apareceu de uma só vez, além de Tiago e de todos os apóstolos. 

(Cat, §643): Diante desses testemunhos é impossível interpretar a Ressurreição de Cristo fora da ordem física e não reconhecê-la como um fato histórico. Os fatos mostram que a fé dos discípulos foi submetida à prova radical da paixão e morte na cruz de seu Mestre, anunciada antecipadamente por Ele. O abalo provocado pela Paixão foi tão grande que os discípulos (pelo menos alguns deles) não creram de imediato na notícia da ressurreição. Longe de nos falar de uma comunidade tomada de exaltação mística, os Evangelhos nos apresentam os discípulos abatidos, "com o rosto sombrio" (Lucas 24, 17) e assustados. Por isso não acreditaram nas santas mulheres que voltavam do sepulcro, e "as palavras delas pareceram-lhes desvario." (Lucas 24, 11). Quando Jesus se manifesta aos onze na tarde da páscoa, "censura-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não haviam dado crédito aos que tinham visto o Ressuscitado." (Marcos 16, 14). 

(Cat, §645): Mesmo confrontados com a realidade de Jesus ressuscitado, os discípulos ainda duvidam, a tal ponto que o fato lhes parece impossível: pensam estar vendo um espírito. "Por causa da alegria, não podiam acreditar ainda e permaneciam perplexos." (Lucas 24, 41). Tomé conhecerá a mesma provação da dúvida, e quando da última aparição na Galileia, contada por Mateus, "alguns, porém, duvidaram." (Mateus 28, 17). Por isso, a hipótese segundo a qual a ressurreição teria sido um "produto" da fé (ou da credulidade) dos apóstolos carece de consistência. Muito pelo contrário, a fé que tinham na Ressurreição nasceu - sob a ação da graça divina - da experiência direta da realidade de Jesus ressuscitado.




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